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segunda-feira, 9 de março de 2009

Floresta seca, futuro quente: até quando, sem solução !



A floresta amazônica, que em condições normais atua de forma a frear o aquecimento global, pode ter esse papel invertido durante secas intensas. Um estudo multinacional detectou um aumento significativo na mortalidade de árvores durante a seca de 2005 — a mais severa na região em cem anos. Como consequência, a floresta passou de sorvedouro para fonte de dióxido de carbono, um gás de efeito-estufa responsável pelo aquecimento global. O estudo tinha como objetivo analisar a vulnerabilidade da floresta à seca de 2005 e contou com a participação de 67 cientistas do Brasil e de outros 12 países, todos ligados a um consórcio internacional de pesquisa na Amazônia chamado Rainfor. Os resultados foram publicados esta semana na Science. A equipe da Rainfor realiza o monitoramento constante de 136 áreas de floresta amazônica com um hectare cada. A partir da análise desses dados, os pesquisadores determinaram as 55 regiões que haviam sofrido mais estresse hídrico durante a seca e fizeram medições dos diâmetros das árvores desses trechos de mata. “Comparando os dados obtidos na última medição com aqueles anteriores a 2005, concluímos que houve um aumento significativo na mortalidade de árvores naquelas áreas, bem como uma diminuição de crescimento das mesmas”, conta à CH On-line o biólogo Luiz Aragão, pesquisador da Universidade de Oxford (Inglaterra) e coautor do artigo. Fonte de carbono Até 2005, as medições apontavam que a Amazônia absorvia globalmente 450 milhões de toneladas de carbono por ano, resultado da diferença entre a fotossíntese e a respiração das árvores. Nas florestas não perturbadas, aliás, a taxa de crescimento vinha aumentando. “Esse valor compensaria as emissões causadas por desmatamentos e por outros distúrbios florestais — como queimadas —, que emitem, por ano, valores similares de carbono aos que a floresta absorve”, compara Aragão.
A seca de 2005 na Amazônia, a mais intensa em 100 anos, aumentou a mortalidade das árvores e tornou a floresta mais vulnerável às queimadas (foto: Luiz Aragão). Depois da seca, em decorrência do aumento na mortalidade das árvores, a floresta passou a emitir gás carbônico, em vez de absorvê-lo da atmosfera. Os cálculos do Rainfor apontam que, se a Amazônia se comportasse globalmente como as 55 áreas de floresta estudadas pelo grupo, ela emitiria 900 milhões de toneladas de carbono por ano – uma diferença de 1,35 bilhão de toneladas em relação ao fluxo atual. “Esses 900 milhões de toneladas correspondem ao chamado carbono comprometido, vindo das árvores mortas em decomposição”, explica Aragão. Em circunstâncias normais, esse carbono seria liberado aos poucos, e não de uma só vez. No entanto, as árvores mortas servem como combustível para queimadas, que podem se tornar mais frequentes se houver mais períodos de seca.
Fonte: Globo ciência

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