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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MATA ATLÂNTICA: Beleza desconhecida, sempre ameaçada.

Cachoeira Santo Aleixo

Hoje, quase 70% da população vive nos domínios da floresta e depende diretamente de seus remanescentes. A despeito de tamanha importância, a mata apontada agora por especialistas como a mais rica do mundo é quase uma desconhecida e a sobrevivência de muitas de suas principais espécies está ameaçada. Quatro décadas é o período estimado para que a destruição ininterrupta da floresta nos últimos 500 anos cobre seu preço e o país tenha que lidar com uma onda nunca vista de extinções, mostra caderno especial publicado na edição desta quinta-feira do jornal O Globo.

Oficialmente, os remanescentes da Mata Atlântica estão listados entre as 25 áreas mais ricas em biodiversidade do planeta - o que já seria um feito, posto que restaram somente 7,26% da cobertura original. Mas, apesar de ser o bioma mais estudado do Brasil, a verdade é que a floresta ainda é pouquíssimo conhecida. Do total estimado de plantas existentes, apenas 10% estão descritas. Por isso, muitos sustentam que a mata é uma das mais ricas do mundo, senão a mais rica de todas.

" Trata-se provavelmente do bioma com a maior diversidade biológica do planeta "

- Trata-se provavelmente do bioma com a maior diversidade biológica do planeta - sustenta Carlos Frederico da Rocha, do Departamento de Ecologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Alguns números dão a medida dessa riqueza. Mesmo com mais de 90% de sua área total destruída, nos últimos 17 anos foram descritas 1.200 espécies de plantas até então totalmente desconhecidas dos cientistas. Na floresta do Conduru, na Bahia, a área do país que concentra a maior concentração de diversidade, a cada três idas a campo uma espécie nova é relatada. Foram listadas 144 em 0,1 hectare. A certeza de quem lida com a mata é de que quanto mais se pesquisa, mais é revelado.

- Trabalhamos na região de divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro, uma área que se supõe muito bem conhecida, e ainda estamos encontrando espécies novas de árvores - afirma Carlos Joly, da Unicamp, um dos coordenadores do Programa Biota/Fapesp, de mapeamento e uso sustentável da biodiversidade. - Não estou falando de plantas pequenas, que podem passar despercebidas, mas de árvores de grande porte.

Mata Atlântica é hoje apontada como a floresta mais rica em diversidade - O Globo

Se a mata em si é pouco conhecida, áreas que dependem de conhecimento e tecnologias específicos, mais ainda.

- Não se conhece quase nada da copa das árvores, por exemplo, o que torna a mata uma campeã de diversidade - diz Talita Fontoura, da Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia.

O conhecimento sobre as riquezas vegetais da floresta atlântica é tão disperso, que o único consenso existente sobre os números é que eles são contados em milhares. Alguns grupos falam em 5 mil espécies endêmicas (ou seja, que só ocorrem nesta mata), outros, em 8 mil. A verdade só uma pesquisa mais sistemática irá responder.

" Não se conhece quase nada da copa das árvores, por exemplo, o que torna a mata uma campeã de diversidade "

No caso dos animais de maior porte, a situação é um pouco melhor. Os números de endemismo para mamíferos, aves, répteis e anfíbios - altos o suficiente para colocar a mata em quinto lugar mundial em diversidade - são consensuais.

Mas quando se começa a falar de insetos, as contas desandam. Seriam milhares de espécies, a grande maioria totalmente desconhecida.

Fonte: Globo

"Parece que o ser humano gosta de destruir o que não conhece como se tudo que não fosse identificavél, a priori, fosse maleável para ele. Já imaginou se destruíssemos à nós mesmos por não conhecer nossa prórpia espécie? alguns estudiosos tentam descobrir novas espécies na mata, tanto da fauna quanto da flora, mas com a devastação da Mata Atlântica fica difícil evoluir neste mundo em termos de ciência."

Autora do blog.

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