Tragédia - O primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, afirmou na tarde desta quarta-feira que "várias centenas de milhares de pessoas" podem ter morrido no terremoto da véspera. "Torço para que não seja verdade, pois minha esperança é de que as pessoas tenham tido tempo de sair de casa", afirmou ele à rede de televisão americana CNN.
"No entanto, por causa da grande quantidade de pessoas nas ruas, não sabemos exatamente onde elas estavam morando", continuou ele. "Mas há muitas construções, muitos bairros totalmente destruídos, e em alguns deles nem sequer é possível avistar pessoas."
O terremoto de 7,3 graus de magnitude destruiu a capital do país, Porto Príncipe, e interrompeu boa parte dos meios de comunicação na região. Justamente por isso, ainda não foi divulgado nenhum balanço oficial sobre o número de mortos. A brasileira Zilda Arns, 75 anos, médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança, é uma das vítimas fatais da tragédia. O Exército também informou que pelo menos 11 militares brasileiros que integravam a missão de paz das Nações Unidas morreram na tragédia. Outros nove ficaram feridos e sete estão desaparecidos.
Em sua primeira entrevista desde o tremor, o presidente haitiano, René Préval, afirmou nesta quarta-feira ao jornal americano Miami Herald que pode haver "milhares de mortos".
Préval disse que a situação na capital, Porto Príncipe, é "inimaginável". Segundo ele, o prédio do Congresso, hospitais e escolas foram destruídos. O palácio presidencial também foi atingido. O presidente acrescentou que muitas pessoas ficaram soterradas em escolas e pediu ajuda internacional. "É uma catástrofe", disse a primeira-dama, Elisabeth Préval.
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